Em cada esquina um bar, em cada bar um menor de idade, em cada copo um drink de estupro moral a preceder a prostituição do corpo e da mente, eis o retrato deprimente dos descaminhos que vêm marcando a existência social de dezenas de crianças e adolescentes itapecuruenses. Não constitui segredo para ninguém, que a sociedade itapecuruense vem passando por um processo de marginalização constante, a proliferação do tráfico de entorpecentes está patente aos olhos das autoridades constituídas.
O alcoolismo é um carcoma que vem se espalhando no corpo social, e a ausência de políticas públicas eficientes no incentivo a práticas esportivas e culturais, são aspectos complementares que se harmonizam na construção gradual de um caminhar por sendas tortuosas que fazem os ilustres filhos mortos de nosso torrão natal se revirarem em seus túmulos envergonhados por ver as pedras miúdas de nossos caminhos manchadas pelo sangue inocente de nossas crianças.Pois, elas são as vítimas que mais sofrem na conjuntura deste quadro social degradante.
Poderemos alimentar expectativas de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a cultura, a tecnologia e a ciência voltem a ser cultivados por nosso povo, quando as crianças de hoje se viciam em noia, maconha, álcool e se prostituem sem que nada de efetivo seja feito para aplacar essa tragédia?
O conselho tutelar de Itapecuru – Mirim, é um elefante branco presenteado às novas gerações por nossa própria postura de acomodação, não se vê em nenhuma festa a presença destes conselheiros, vemos sim adolescentes de 13, 14, 15 anos, abrilhantando as mesas dos Herodes que preparam o abatedouro de suas consciências miseráveis para a matança de nossos inocentes ao final das festas. Quem nunca ouvira relatos de adolescentes miseravelmente apelidadas de “PIRIGUETES”, que segundo relatos de alguns mantém relações sexuais com vários homens de uma só vez?
É esta a sociedade que estamos construindo? São estes os valores familiares que estamos transmitindo de forma velada ao continuarmos vivendo com a indiferença da língua trancafiada entre os dentes? Até quando? Talvez, e em Deus esperamos que não, até o dia em que este carcoma exale seu odor peculiar na sala de estar de nossos lares, entre a Bíblia aberta quem ninguém lê e o crucifixo diante do qual ninguém se persigna! Por que as autoridades policiais e o judiciário não investigam e desmantelam essa quadrilha de tráfico de drogas que se implantou em Itapecuru – Mirim?
Ouve-se pelas ruas itapecuruense da existência de dezenas de bocas de fumo só na sede de nossa cidade, ouve-se de patrimônios espúrios que se revelam em toda a envergadura de sua grandeza da noite pro dia e por que esses pontos de tráfico de drogas não são destruídos? Existem interesses financeiros de pessoas revestidas de autoridade ou poder econômico na manutenção desta realidade? É o que dá a entender. Pois, sabe-se onde o tráfico é feito, por que não se toma uma atitude, atitude para o qual foi-se eleito ou com a qual assumiu-se o compromisso ao tomar posse de um cargo público?
Se as autoridades locais não têm condições de fazer a higienização da ameaça das drogas e da prostituição, por que a Polícia Federal, as forças armadas brasileiras, a ABIN, o FBI, a INTERPOL, a OTAN, as forças militares da ONU, MIB- homens de preto, o ogro Shrek, o Padre Quevedo, o Bispo Macedo, Bita do Barão, Inri Christi, Irmãos Coragem, Charles Bronson, Chuck Norris, Van Dame, Jet Li, Steven Seagal, Rambo, O Exterminador do Futuro, a Mulher Maravilha, o Superman, as Meninas super poderosas, Batman, Rita Kadilac, Tiazinha, Pit Bicha e Pit Bitoca, ou os extraterrestres de Steven Spielberg não são mobilizados?
...E a prostituição grassa em solo itapecuruense com o respectivo reflexo na saúde pública, manifesto na contaminação de adolescentes com o vírus HIV, com a gravidez de dezenas de adolescentes sem a mínima estrutura psicológica e financeira de arcar com a responsabilidade imensa da maternidade. Não é fácil para mim que me orgulho de ser itapecuruense expor de forma nua e crua essa realidade, mas é algo necessário pois, meu amor por minha terra não me permite contemplar calado seu caminhar intimorato para os círculos dantescos deste inferno social chamado drogas e prostituição.
O conselho de segurança do município de Itapecuru – Mirim recentemente empossado pelo secretário de segurança do estado tem muito trabalho a realizar, esperamos que não seja mais uma iniciativa nobre e elevada que termine como as CPIs de Brasília que famigeradamente acabam em pizza.